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WellMove em Cuba: observações, aprendizado e reflexões em Havana


A linda bandeira cubana dentro do Museu da Revolução, passeio imperdível


Cuba. Gente, vocês não tem NOÇÃO do que é esse país. Eu só consegui visitar duas cidades mas, olha, que super experiência que foi.

Fiquei bem em dúvida do que enfatizar nessa série de posts. Não sei ao certo se falo sobre a minha experiência como um todo, sobre o que comi, ou onde fui. Vou tentar misturar tudo que acho que vai funcionar melhor. Porque na real, você sai de lá com os sentimentos todos misturados mesmo.

Fomos primeiro para Havana, onde foi o primeiro choque. O aeroporto já é um caso a parte, tudo muito rudimentar. Daí você sai e já vê carros antigos circulando nas ruas. E aquele sentimento de "Hã? Não, pera...".

Havana é uma loucura (eu disse isso repetidamente durante a viagem), uma loucura. Tudo bem velho, bem pobre, mas não miserável. Tem uma beleza na pobreza que chega a encher os olhos. Um misto de sensações, mesmo.

Os supermercados de lá não tem fartura alguma. Gondolas vazias e escassez. Sabe aquele nosso costume cotidiano de descer no mercado pra comprar uma cebola que está faltando pra fazer o arroz? Esquece amigo, lá não tem isso não.

Nos restaurantes a mesma coisa. 527 opções no cardápio. Aí vem o garçom e fala: só tem essa aqui e essa. - Se não tem nas lojas, onde vamos comprar? - Disse uma garçonete brava com a minha reação de "Hã? Não, pera..." para o fato de eles estarem sem um produto que estava no menu. E a cada acontecimento como esse, eu fui entendendo mais a realidade em que eles vivem.

Havana e sua beleza simples e antiga


A internet. AH MEU DEUS DO CÉU, a internet. Gente, é o maior perrengue conseguir internet lá. O primeiro passo é enfrentar filas quilométricas para comprar um cartãozinho que te dá direito ao acesso. Tá, ok. Já começa por aí, internet grátis não existe. Daí você compra o cartãozinho lá, raspa com uma moedinha pra ver o login e a senha. E pronto! Pronto? Nããoo... Você ainda tem que achar um ponto na cidade que tenha wi-fi. Não são em todos os lugares, não são muitos e alguns não funcionam. Resumindo, se você for viciado em internet, já vá preparado psicologicamente.

As praças públicas geralmente possuem pontos de w-fi que você pode usar comprando o cartão de internet


"Nossa senhora Rachel, mas você só tá falando mal de Cuba meu Deus o que você foi fazer lá tá louco..." Né? Pois bem, eu te digo o que eu fui fazer lá: fui observar e aprender como o ser humano é adaptável. Isso é incrível! Você passeia pelas ruas de Havana e é tudo velho, caindo aos pedaços, sujo, uma favela eterna (como diria minha amiga Carol). Mas ao mesmo tempo você vê um senhorzinho sentado, vendo uma TV de tubo mais velha que a Revolução Cubana, dando aquele sorriso de 2 dentes, tomando seu rum e fumando seu charuto. Sabe o que é isso? É saber viver em meio ao caos. E, quer saber? Todo mundo tem algum caos na vida. Mas nem todo mundo sabe lidar. E o jeito como o povo cubano lida com as coisas ruins e condições adversas foi um aprendizado pra vida.


Voltando à internet. O acesso limitado claramente foi uma estratégia do governo para evitar que os cubanos não se comunicassem com o resto do mundo. E sabe o lado positivo? Não vi em nenhum momento pessoas penduradas no celular, como nós brasileiros fazemos O TEMPO INTEIRO. As pessoas conversam entre si nos restaurantes, nas filas (e olha que tem fila pra tudo lá, até pra comprar a internet), nos bares, nos cafés. Gente, senti na pele o quanto somos dependentes de ficar postando toda hora, falando com mil pessoas ao mesmo tempo, contando pra todo mundo onde estamos e o que estamos fazendo. Não!!! Não precisamos disso e isso não está legal. Lógico que ter acesso à internet é ótimo e provavelmente se eu não tivesse, iria estar reclamando. Mas precisamos, primeiro, saber usa-la de forma saudável. Tipo você lendo esse post agora, um ótimo uso da internet. ;) #FicaADica

Havana anoitecendo... Não ter celular com internet pra ficar olhando toda hora faz a gente prestar atenção nos detalhes :)

A música. Olha, esse foi um ponto tão, mas tão lindo pra mim. Um pouco daquele pensamento de como o ser humano é adaptável de uma forma incrível. Os cubanos celebram a vida através da música e da dança. Em cada esquina, em todos os restaurantes tem um grupinho tocando salsa. Para aqueles que não conseguem ficar parados, como eu, é tudo muito contagiante. Acho que a cena mais marcante pra mim foi, durante uma caminhada no centro de Havana, ao entardecer, notei um restaurante com uma banda animada, tocando uma salsa bem pop. Aí de repente olhei e vi pessoas na frente do restaurante, do lado de fora, cantando e dançando. E novamente aquela sensação de "Hã? Não, pera...", mas agora de uma forma muito positiva, tipo: tô num filme? Num clipe do Enrique Iglesias?! Fiquei olhando aquilo perplexa. Tinha acabado de ver uma casa toda destruída, parecendo cenário de guerra mesmo. Dez metros depois, um monte de gente cantando e dançando a vida, não importava se você era cubano, turista, se estava dentro ou fora do restaurante. Vem cantar, vem dançar. Somos todos iguais e estamos todos vivos. Simples assim.

Vista panorâmica de Havana, de cima do famoso Hotel Tryp Habana Libre. Linda, né?!


Pra quem quiser saber mais sobre Cuba, tem um site muito bacana com várias informações: http://autenticacuba.com/ ;)


O próximo post será delicioso, vou contar mais sobre a gastronomia cubana e outras curiosidades. Espero que tenham gostado! Beijos da nutri, Raquel

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