A importância de fazer parte de um grupo
O estilo de vida atual nos leva, muitas vezes, ao isolamento. Falta de tempo e muitos problemas emocionais relacionados ao estresse e à ditadura da moda, da beleza e da super-produtividade são causas bem comuns que podem nos tirar do convívio social.
Por ter observado constantemente isso no consultório, tenho recomendado frequentemente que as pessoas busquem algum grupo para pertencer. De preferência relacionado a um hobbie (passatempo ou distração) ou atividade fora da sua área profissional.
Nossa, mas você é uma nutricionista, o que isso tem a ver?
Eu te digo: tudo. O simples fato de você estar infeliz, depressivo, ansioso ou insatisfeito pode interferir negativamente no processo de buscar a versão mais equilibrada de si mesmo quando falamos de saúde e bem-estar físico e mental.
Fazer parte de um grupo faz com que você compartilhe interesses em comum, fale a mesma língua, trabalhe para um propósito em comum, viva as mesmas dificuldades e celebre vitórias em conjunto. Só de falar sobre isso, não dá aquela ideia de conforto e acolhimento? Isso porque a sensação de "não pertencimento" está cada vez mais latente. Você não é magro o suficiente, não se veste bem e nem trabalha tanto quanto deveria, não é mesmo? Então, você não se encaixa em nenhum grupo. E essas são as mensagens que recebemos diariamente, principalmente através das redes sociais. Além disso, as redes sociais ainda contribuem para que as pessoas se isolem cada vez mais, com menos contato físico, ao vivo e a cores. Portanto, temos que começar a reverter esse processo urgente.
Aproveitando o começo do ano, aquela energia nova, que tal pensar nisso? São inúmeras as opções de grupos que você pode participar: aula de dança, de pintura, de crochê, de música, clube de leitura, de línguas estrangeiras... procure o que mais te agrada! Você vai ver como é incrível a sensação de criar um pequeno mundinho paralelo que faz com que você fuja da realidade e saia do automático.

Acredito muito no benefício de participar de um grupo e falo com propriedade, por experiência própria. Há 6 meses me matriculei em uma aula de dança e, semanalmente, são encontros recheados de felicidade. Mas também são oportunidades importantes para desenvolver:
o autoconhecimento (prestando muita atenção ao seu corpo e às sensações)
a empatia (ajudando o coleguinha a aprender o passo que ele tem dificuldade)
o senso de coletividade (você não pode dançar sozinho, se você está dançando em grupo, tem que estar constantemente ligado ao que está acontecendo ao seu redor)
companheirismo e parceria (doando um pouco do seu lanche pra amiga que esqueceu o dela no dia de ensaio de 2 horas seguidas)
Entre outros diversos sentimentos bons que dominam por inteiro nosso corpo e nossa mente. Recomendo fortemente!
Espero ter ajudado você com essas dicas. Beijos da nutri, Raquel