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Ser-Nutri

Não me lembro ao certo o motivo pelo qual eu resolvi fazer faculdade de nutrição. Talvez porque eu achasse bonito, ou achasse que todas as nutricionistas eram bonitas. Sim, eu comia fast-food e bebia coca-cola toda semana! Mesmo assim, uma força estranha fez com que eu enxergasse essa profissão no meio de tantas outras que são sugeridas para nós.

Na faculdade, não fui nada além de uma aluna mediana. Não era super interessada, não tirava 10, dormia nas aulas às vezes. Foi nos estágios, aplicando na prática o que eu havia "aprendido", que comecei a me dar conta de como o caminho que tinha escolhido era importante, e como eu gostava daquilo.

Minha família é formada por muitos médicos e profissionais da saúde, por isso, foi quase que natural tombar para esse lado. Isso foi muito bom pois era realmente o que eu queria fazer quando eu acabei a faculdade.

Mas, o turning point da história toda aconteceu depois que comecei a trabalhar em uma área nova da nutrição: marketing nutricional. Um desafio novo para mim e para o mercado também. Foi aí que eu descobri o poder da comunicação em massa e da disseminação mais intensa, que fugia das quatro paredes do meu consultório.

As redes sociais também começaram a bombar, muitas informações estavam sendo "jogadas" para as pessoas, algumas fidedignas, outras totalmente sensacionalistas. Um poder sem responsabilidade.

Chegamos ao ano de 2016. Janeiro é um mês relativamente "calmo" para nós. As pessoas ainda estão voltando das jacadas das festas e as empresas retornam lentamente às suas atividades. Nessas horas, aproveito para estudar o que está rolando nesse mundinho (sim, porque ainda é muito pequeno) chamado Nutrição. Eu, particularmente, gosto de assistir documentários sobre alimentação, saúde e tendências. Isso faz com que eu entenda um pouco melhor como funciona a cabeça das pessoas na sociedade atual. Aliás, muitos deles estão disponíveis no Netflix e no YouTube, uma maravilha. Gosto de pensar que isso é um avanço na propagação de informações.

E lá fui eu assistir uns documentários... E choque. Dois documentários me chamaram a atenção: Muito Além do Peso (já havia feito um post sobre ele) e Food Matters (algo como, "a alimentação importa, é importante"). Eu já tinha visto ambos, porém, acho que não havia assimilado direito as informações.

Muito Além do Peso fala sobre obesidade infantil, um fato que simplesmente ignoramos. Como isso está crescendo cada vez mais e o quanto estamos ficando cegos perante a essa epidemia. É de arrepiar até mesmo quem já tem mais ou menos uma noção sobre o assunto. O Food Matters, o outro documentário citado acima, fala muito sobre o que a nutrição pode fazer por nós e o quanto não damos a menor bola pra isso. É ABSURDO o poder da nutrição, absurdo. Coisa que, nem de longe, aprendemos ou conseguimos captar na faculdade.

Uma boa alimentação: previne doenças, cura doenças, faz as pessoas serem mais felizes, faz as pessoas gastarem menos dinheiro com planos de saúde e tratamentos, nutre as pessoas, acaba com epidemias. É a medicina do amanhã. Mas que podia já ser de hoje. E não se engane, parece óbvio, mas não é. Vivemos em um mundo doente! Diabetes, pressão alta, colesterol alto em crianças de 9 anos (queria ter emoticons para expressar minhas emoções escrevendo esse texto)! É uma condição que hoje tratamos como normal mas, adivinhe! Não é.

Comecei a sentir como se eu tivesse um segredo que poderia mudar o mundo e, por isso, eu tenho que arrumar um jeito de contar pra todas as pessoas. Como se, se eu não contasse, ia ter falhado como ser-humano (um pouco dramática eu, sim).

Então, agora explico por que parece óbvio que todo mundo sabe que tem que se alimentar bem, mas não é tão fácil assim.

Ao promover uma alimentação saudável e hábitos legais de uma forma geral, você está cravando uma guerra contra nada mais nada menos que: indústria farmacêutica, indústria alimentícia, mídia e todo o resto que influencia seu consumo, e que não tem a ver com alimentação saudável. Além disso, a luta diária e constante com celebridades, sub-celebridades e aqueles que acham que são celebridades, falando sobre milagres, nudes, pílulas e blá blá blá, é extremamente desgastante. Fora que, um indivíduo saudável não gera lucro para a máfia (pense nisso).

Vivemos hoje em uma inversão de valores em que preferimos gastar (ou investir, o que você achar melhor) em imóveis, carros e bens de consumo, ao invés de investir (ou gastar) em uma alimentação/vida saudável. E essa inversão se dá principalmente pela ignorância, não no sentido pejorativo, mas sim pela simples falta de informações. Ou então porque as informações "erradas" são de mais fácil acesso e mais cativantes. Ou as pessoas vivem em um estado de negação. Não sei, são inúmeras as hipóteses.

A minha linha de raciocínio foi a seguinte: as pessoas hoje carecem de informações que as levariam a ter uma vida mais saudável (que, by the way, resolveria graaaanndeee parte dos problemas atuais), por isso elas não investem nisso. Quem pode levar essa informação a essas pessoas? Eu posso. Mas como? Ainda não sei. Posso não fazer nada a respeito disso? Posso. Mas como eu me sentiria? Muito mal, pois eu tenho essa informação.

Eu não sou um ser-humano, sou um ser-nutri (ha-ha-ha) com uma missão muito importante. Como ainda somos poucos ser-nutris engajados nessa causa, quem puder, veja estes 2 documentários citados. Pode até me escrever se quiser! Meu e-mail é raquel@wellmove.com.br <3

E se você se identificou com a ideia desse texto, divulgue, compartilhe, comente! Será de grande ajuda :)

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